A maioria dos condôminos não sabe como agir em caso de emergência

Confira nosso guia para Plano de Emergência em condomínios com 13 passos para o Plano de Abandono de Edifícios

 Dados de uma pesquisa feita pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão indicam que mais da metade das pessoas pesquisadas sequer sabe o telefone de emergência.

Plano de emergência são instruções e treinamentos que possibilitam que os ocupantes saibam de estratégias para evacuação do local em casos de emergência, como utilizar corretamente cada extintor de incêndio e outros itens de proteção.

O ideal é que cada condomínio tenha um plano de abandono (ou emergência) personalizado de acordo com suas instalações para que, em caso de necessidade, os ocupantes desocupem o prédio de forma rápida e ordenada.

Como fazer?

O síndico pode promover uma ação do condomínio para que haja maior envolvimento e conscientização dos moradores. Quem orienta na elaboração desse plano de emergência é o corpo de bombeiros.

O plano deve conter os procedimentos a serem observados pelo coordenador geral com relação à brigada contra incêndio, aos ocupantes do prédio, à planta do edifício com a localização dos equipamentos contra incêndio e das vias de fuga, além de outras instruções.

Depois de pronto, o plano deve ser comunicado a todos os ocupantes, pois o conhecimento público auxiliará na eficiência durante a evasão. Quando as pessoas não sabem como lidar com determinada situação emergencial, o pânico interfere negativamente na capacidade de raciocínio e nas decisões, o que aumenta o risco de vítimas.

Além de contar com o projeto contra incêndio, o prédio deve ser todo sinalizado, conter luzes de emergência, extintores e portas corta-fogo.

Portas corta-fogo

São as portas instaladas nas saídas de emergência e nas escadas de incêndio para conter as chamas, a fumaça e o calor, possibilitando a fuga das pessoas e o acesso dos bombeiros para resgate em locais com incêndio.

Há alguns tipos de porta corta-fogo, cada uma com um tempo de resistência ao fogo, todas especificadas pela NBR 11.742, que, entre outras padronizações, estabelece que cada porta deve ser sinalizada com o seguinte comunicado:

PORTA CORTA-FOGO

É OBRIGATÓRIO MANTER FECHADA

As portas devem passar por revisões constantes, conforme determinado pela legislação do local.

Brigada de incêndio e regulamentação

A brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate a princípio de incêndio, abandono de área e primeiros-socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta. É regulamentada no âmbito federal pela Lei 6.514/77, que dispõe sobre as diretrizes de segurança e medicina do trabalho, regulamentadas pela Portaria 3.214/78, e por meio da NR 23, que trata da proteção contra incêndios. Também é o tema da NBR 14.276/2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Os estados e municípios também podem possuir legislações próprias, como é o exemplo do Paraná, onde desde 2012 os condomínios residenciais são obrigados a contar com brigadistas para casos de emergência, de acordo com a NPT (norma de procedimento técnico) 17 do Código de Segurança contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros do Paraná. Essa norma determina que todos os funcionários do prédio devem receber treinamento para atuar no combate e na prevenção contra incêndios. Além disso, os participantes estarão mais bem preparados para evacuação do local em perigo, utilizando os equipamentos e acalmando os envolvidos até a chegada do corpo de bombeiros.

Quando a equipe de empregados possui formação em segurança e está habilitada para usar os equipamentos existentes no condomínio, é emitido o documento chamado “atestado de brigada” por um oficial do corpo de bombeiros e um engenheiro de segurança de empresa especializada.

Tipos de incêndio

Existem cinco classes de incêndio, as quais devem ser conhecidas por suas diferentes características para o correto uso de extintores:

  1. classe A (extintor com água pressurizada): incêndio em material sólido, como madeira, papel e tecido;
  2. classe B (extintor com pó químico seco): incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina e querosene;
  3. classe C (extintor com gás carbônico): incêndio em equipamento elétrico energizado, como máquinas elétricas e quadros de força. Depois de desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A;
  4. classe D (extintor com pó químico especial): incêndio em metais que inflamam facilmente, como o potássio e o alumínio em pó;
  5. classe K (extintor com base alcalina BC): incêndio envolvendo gordura animal e óleo vegetal no estado líquido ou sólido.
Orientações de segurança 

O corpo de bombeiros disponibiliza materiais informativos com dicas de segurança para prevenção de incêndios, explosões, afogamentos, uso de elevadores, aquecedores a gás e outros.

Uma das principais recomendações é de jamais utilizar os elevadores em caso de incêndio, além de tentar manter a calma.

Abaixo, a título de exemplo, reproduzimos o Plano de Abandono de Edifícios, recomendado pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina:

  1. O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma, sem afobamentos.
  2. Nunca use o elevador para sair de um prédio onde há um incêndio.
  3. Se um incêndio ocorrer em seu escritório ou apartamento, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditarem que um incêndio pode se alastrar com rapidez.
  4. Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão.
  5. Use as escadas – nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os elevadores. Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a propagação do fogo.
  6. Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se possível, fique perto de uma janela, de onde poderá chamar por socorro.
  7. Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha fechada.
  8. Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como couraça. Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior.
  9. Procure conhecer o equipamento de combate a incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de emergência.
  10. Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente. Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos.
  11. Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída. Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE. Chame o corpo de bombeiros imediatamente. Ao constatar um princípio de incêndio, ligue imediatamente para o corpo de bombeiros (telefone 193).
  12. Forneça informações precisas: nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio, número do telefone de onde se está falando, nome completo de quem está falando e relato do que está acontecendo.
  13. Em seguida, desligue o telefone e aguarde a chamada de confirmação do local.
KARLA PLUCHIENNIK MOREIRA
Empresária, administradora de empresas (monografia em gestão do conhecimento), pós-graduada em direito empresarial, pós-graduanda em influência digital, coach e practitioner em programação neurolinguística (PNL). Desde 2015 disponibilizou, em conjunto com Luiz Fernando de Queiroz, mais de 300 formulários e arquivos para a coletividade, os quais estão publicados no portal Viva o Condomínio, empresa da qual é diretora

 

via vivaocondominio.com.br

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