Drogas, Condomínio e Desafios

Por: *Solange Valentim

Muitas famílias, por uso e costumes, se recusam a aceitar que têm em casa um cônjuge, filho e/outros parentes que sejam dependentes químicos, ao fazerem uso de álcool, maconha, cocaína e/ou crack. Normalmente, demoram em buscar tratamento profissional porque acreditam que só o familiar adicto está doente e se recusam a aceitar que também fazem parte da problemática e são denominados como co-dependentes.

Considerada como uma doença crônica, já que há uma necessidade psicológica da pessoa buscar prazer e evitar sensações desagradáveis pelo uso de drogas, muitos sofrem preconceito por quem acredita que ao se tornarem dependentes químicos passam a ser delinquentes e/ou marginais.

No entanto, esta doença é considerada crônica no campo da saúde e sua instalação se dá pela necessidade psicológica da pessoa em buscar o prazer e evitar sensações desagradáveis, causadas pela abstinência.

E quando há uma decisão na busca de ajuda, como uma internação, acaba sendo impulsionada pela vergonha social e/ou exigência de alguns familiares e até de seus vizinhos, especialmente, os que moram em condomínios, que sofrem com a alternância de humor quando as pessoas que têm dependência química usam drogas e/ou ficam em abstinência (sem o uso).

Doença

O mais desafiador é que há muitos vizinhos e outras pessoas que não sabem que tais vícios não são adquiridos porque as pessoas são “sem-vergonha.” E sim porque têm uma doença grave.

Tal situação, aliada aos casos de negação do dependente e de seus familiares, chegam a perdurar por uma década ou mais, especialmente, para os que lidam com dependentes de álcool, que é uma droga aceita, socialmente.

Porém, o que se percebe é que, na atualidade, mesmo os dependentes do álcool têm feito uso cruzado com outras drogas como cocaína, crack e anfetaminas. Nestes casos, normalmente, os familiares tomam decisões de internação mais cedo – em até três anos. Os dados são do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (II LENAD).

Psicossomática

No Brasil, já houve muito tabu em relação às doenças de dependência química e cada dia os especialistas que lidam com a problemática trazem luz para este assunto. Um dos desafios, por exemplo, é que se trata de uma doença biológica e os especialistas acrescentam também que há fortes aspectos de distúrbios psicológico, emocional, social e espiritual nos indivíduos que são dependentes químicos. Fatores que evidenciam a natureza do homem, que é psicossomática, seja para o bem ou para o mal.

Independentemente do tempo no qual iniciaram o uso, o fato é que se trata de uma situação muito desafiadora porque ao dizerem que podem parar sozinha, a qualquer momento, por exemplo, é identificado que ela está numa fase da negação e não há nada e ninguém, a não ser ela própria, que possa sair desta contemplação. A não ser ela mesma dando o primeiro passo, que é a admissão de ser doente e que precisa de ajuda.

Comunicação nos condomínios

Há muitos síndicos e administradores de condomínios que tem expressivo cuidado com este tema. E se utilizam de planos de Prevenção, tanto para implantarem programas de Educação Preventiva às dependências químicas, como a vigilância redobrada nas áreas comuns, com instalação de iluminação mais potente, sistema de câmeras em locais de pouco acesso, entre outros.

Há também ações que potencializam os canais de comunicação, como murais, distribuição de newsletters, mídia social, WhatsApp, entre outros, com informações sobre as consequências nocivas que o uso de drogas impõem aos usuários.

Além disso, a criação de comissões mistas integradas pelos pais, síndico, subsíndicos, moradores em geral, além de funcionários e até dos integrantes de entidades que lidam com esta temática. Entre eles o Conseg – Conselho Comunitário de Segurança e/ou outro similar, existentes na maioria dos bairros.

O objetivo é de haver trocas de informações em reuniões, com calendário mensal, assim como realização de cursos técnicos e palestras sobre o assunto.

Fonte: Folha do Condominio

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