Na hora de eleger um síndico, é melhor um profissional ou morador?

Administrar um condomínio exige muita responsabilidade, por isso é importante analisar todas as possibilidades para fazer a escolha certa

O síndico é o administrador do condomínio e são muitas as atribuições a ele conferidas, um cargo que exige muita responsabilidade. As funções vão desde manter a ordem nas áreas comuns, fazer os pagamentos em dia, cobrar dos inadimplentes, cuidar dos funcionários e controlar obras e serviços, entre outras.

Não é uma missão fácil, já que ela exige muita dedicação, cuidado, atenção, além de disponibilidade de tempo. Uma dúvida que surge é que, para fazer todo esse trabalho, quem é melhor para exercer a função, que exige uma rotina diária de acompanhamento: um morador do condomínio ou um síndico profissional?

Para tomar a decisão de quem estará à frente da administração condominial, é preciso analisar algumas variáveis e um dos pontos importantes é do tamanho e das características do condomínio.

“A questão depende do perfil de cada condomínio, porque temos muitos com síndicos orgânicos, que são moradores, que são extremamente bem administrados e, nesses casos, não há a necessidade do profissional. Mas em outros condomínios, os síndicos moradores erram muito e acabam atrapalhando a gestão”, enumera Paulo Melo, presidente da Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (Abrassp).

O tamanho do condomínio pode ser um dos fatores determinantes na escolha do tipo de síndico. “As pessoas estão cada vez mais ocupadas com suas funções e respectivos trabalhos. Em um condomínio pequeno, de até 60 unidades, a quantidade de moradores é menor e provavelmente menos pessoas vão se candidatar. Já em um com 500 a 1000 unidades, podem aparecer diversas pessoas que queiram se candidatar. E isso pode dar certo ou não”, explica Paulo Melo.

Em situações que moradores decidem disputar a eleição, ele ainda ressalta o papel de um síndico profissional nelas. “Eu costumo dizer que o profissional não deve disputar a eleição em um condomínio com síndico orgânico. Por isso, antes de tudo, o próprio condomínio precisa entender o que ele quer para ele para definir o tipo de eleição“, complementa.

Tanto o síndico morador quanto o profissional apresentam vantagens e desvantagens para exercer a função. O primeiro conhece bem o condomínio porque vivencia o dia a dia dele e, além disso, terá o empenho de fazer melhorias, porque ele próprio será beneficiado. Mas ele normalmente divide o cargo com o emprego e tem menos tempo disponível.

Já o síndico profissional se dedica exclusivamente para a função, tem maior disponibilidade de tempo e tem experiência em administrar condomínios. É ainda importante ele ter registro profissional porque fortalece na hora de disputar eleição.

“Existe uma balança. O síndico orgânico mora no prédio e, às vezes, tem um círculo de amizade, seja o vizinho de porta ou do andar, e muitas vezes ele precisa notificar essas pessoas, multar, o que pode gerar um conflito interno. O profissional não tem esse problema, porque ele não tem relação com ninguém e tem maior isenção no trabalho”, ressalta o presidente da Abrassp.

Em relação aos custos, nos dois casos haverá algum tipo de despesa. Em muitos condomínios, o morador que assume o cargo fica isento de pagar as despesas com condomínio, mas Paulo Melo reforça que tanto o síndico orgânico quanto o profissional devem receber pelo trabalho.

“Os dois devem ter pró-labore. O orgânico está exercendo a função e nada mais justo do que receber por isso, assim como o profissional. Em muitos casos, este último responde como pessoa jurídica, emite nota de prestaçãode serviço, não precisa recolher impostos como INSS. Então precisa avaliar para ver o que sai mais barato e melhor”, afirma.

Na hora de fazer a escolha, também é importante ter consciência sobre as responsabilidades de um síndico e analisar se a pessoa está preparada para exercer a função. “O síndico tem as responsabilidades civil e criminal, ele responde por todos os atos praticados em sua gestão”, pontua Paulo Melo.

Além disso, é preciso ter muito conhecimento para assumir o cargo. “Ele tem que entender todo o complexo do condomínio, tem que ser administrador, contador, arquiteto, psicólogo e engenheiro ao mesmo tempo, tem que entender de lei e de contratos. Ele é o administrador do condomínio e vai resolver todos os problemas. É importante que ele assuma o papel como administrador e não dono do prédio”, conclui.

Fonte: https://revista.zapimoveis.com.br

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