Hora de separar e armazenar o lixo corretamente

Condomínios começam a dar atenção especial à gestão do lixo. Além de preservar o meio ambiente, pode gerar renda

Hora de separar e armazenar o lixo corretamente

A separação correta do lixo em condomínios é uma realidade e, cada vez mais, os síndicos estão buscando aprimorar o processo com ideias criativas e organizadas. Foi o que aconteceu com o síndico do Residencial Bosque das Estações, Leandro Pandolfo. Depois de conviver com um grande acúmulo de lixo no condomínio, ele resolveu projetar uma estrutura adequada para acomodar os dejetos produzidos pelas 390 unidades do residencial. Em janeiro deste ano, foi inaugurada a nova lixeira que já se tornou referência nas redondezas.

“Levamos quase dois anos para juntar recursos, mais dois meses para construir a lixeira, e hoje estamos colhendo bons frutos, especialmente pelo descarte apropriado nas categorias orgânico, comum e reciclável. Inclusive reduzimos o montante de lixo comum em oito contêineres”, comemora Leandro.

Grande gerador de lixo, o residencial, que fica no bairro Bela Vista, no município de Palhoça, acomodava os contêineres nas dependências internas do condomínio, situação nada confortável devido à sujeira provocada no lugar e à péssima aparência. “A construtora não previu a quantidade de lixo que seria gerada pelos condôminos. No total, são 384 apartamentos residenciais e mais seis lojas comerciais distribuídos em oito blocos”, diz Leandro.

Há três anos administrando o condomínio, Leandro, a princípio, transferiu os contêineres – dois pequenos na frente de cada bloco – para o estacionamento dos visitantes. Mas também não deu certo, diante do acúmulo de dejetos que ficava espalhado no chão. Foi em busca de apoio de empresas da área de reciclagem e de uma especialista que o incentivou a planejar um sistema adequado para a separação do lixo. A partir daí, o condomínio contratou um arquiteto que fez o projeto de uma lixeira com destinação correta para seis categorias: lixo comum, orgânico, papel, plástico, metal e vidro.

A lixeira foi erguida em dois meses, novembro e dezembro do ano passado. Para orientar os condôminos sobre as diferenças dos materiais descartados e a maneira correta de separá-los e acondicioná-los, o condomínio preparou cartilhas, enviou e-mails, colocou cartazes nos murais e, algumas vezes, o síndico, com ajuda de moradores, ficou acompanhando o descarte feito pelos condôminos na lixeira. “Foi um trabalho de formiguinha, mas ainda estamos caminhando para o nosso objetivo que é a conscientização de todos”, afirma Leandro.

SEM COLETA
O grande problema, no entanto, é que o município de Palhoça não faz a coleta seletiva, fato que desmotiva alguns moradores. Além disso, muitas empresas que trabalham com reciclagem não compram o material, apenas coletam no imóvel ou até mesmo cobram pelo serviço. “Já estamos com dificuldades de armazenamento”, lamenta Leandro, que pretende – além de colaborar com a preservação do meio ambiente – também ganhar um dinheiro extra para reverter em prol do condomínio.

É o caso da MM Recicla, empresa familiar localizada no bairro Carianos, em Florianópolis, que recolhe material reciclável em 10 condomínios do bairro Trindade. De acordo com o proprietário, Valdecir Moreira, a empresa só cobra para retirar entulhos de construção como madeira. O restante como eletrônico, alumínio, papel, papelão e metal são coletados sem custo para o cliente. “Já temos despesas com combustível, funcionários e deslocamento”, justifica ao contabilizar o resultado do trabalho: de 5 a 6 toneladas de reciclável por semana.

Já a empresa HS Serviço Ambiental, que fica em Forquilhas, município de São José, remunera os condomínios, desde que o material reciclável seja armazenado corretamente. “Como não temos triagem no local, coletamos papelão e plástico (ferro e alumínio são terceirizados) já selecionados pelos condomínios, prensamos na máquina e vendemos às indústrias que retiram do nosso depósito em fardos”, explica Elaine Hasckel, uma das sócias da empresa, fundada pelo seu pai há 27 anos.

Para Elaine, um dos maiores problemas dos condomínios é a falta de local para armazenamento, já que as empresas de reciclagem só trabalham com volumes grandes de material. Além disso, o lixo, geralmente, não vem separado corretamente, fato que acaba não remunerando o serviço. “Os síndicos, muitas vezes, começam um bom trabalho, mas não conseguem ir para frente por falta de educação ambiental dos condôminos”, argumenta Elaine, ao dar um exemplo de um condomínio de Florianópolis que deu certo. “Eles têm uma receita média por mês de R$ 232 com o recolhimento de mais ou menos mil quilos de material”.

Prefeitura de Palhoça
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Palhoça informou que o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos foi encaminhado à Câmara de Vereadores do Município. A ideia é realizar a coleta de recicláveis pela prefeitura e encaminhar os resíduos para as associações de catadores devidamente credenciadas. A assessoria não informou o prazo para o início da coleta seletiva.

Fonte: CondomínioSC

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