De forma preocupante, condomínios tendem a individualizar despesas universais

Deve prevalecer o interesse coletivo sobre o privado e respeito à vontade da maioria

Condomínios de prédios se concentram em um dos lados da rua. Eles parecem ter, no máximo, dez andares e são pintados de tons bege. Eles são mostrados de fora, do outro lado de uma rua de mão única. Há uma árvore grande em uma das calçadas, e uma pessoa é mostrada atravessando a rua

Condomínio na rua Indaiá, na Vila Prudente
Marcelo Justo/Folhapress

Condomínio quer dizer copropriedade, domínio comum. Quem opta por viver em condomínio adere ao modelo de moradia compartilhada, com áreas privativas e comuns, e rateio de despesas.

Em busca de segurança, economia e praticidade, famílias migraram de casas para apartamentos e tiveram que adaptar seus hábitos para um convívio coletivo, um ambiente com regras próprias.

Surgiram, então, os grandes empreendimentos, curiosamente chamados de “condomínios clube”, com uma infinidade de áreas de lazer, espaços comuns e serviços.

Diante de tal cenário, os custos de condomínio aumentaram bastante e, apesar do conceito de vida em ambiente coletivo, individualizar despesas virou uma meta, de forma a premiar as famílias mais conscientes e penalizar os gastões.

A cada ano, mais e mais condomínios passam a realizar a leitura individual do consumo de água e gás, gerando economia, consciência ambiental e, sobretudo, melhorando comportamentos.

Todavia, nota-se nos condomínios, de forma até preocupante, certa obsessão por individualizar despesas universais, conceitualmente coletivas, movimento que colide com a natureza da vida em condomínio.

Falo aqui de um pensamento egoísta. Num grande empreendimento, os moradores decidiram, no passado, estabelecer uma programação esportiva. Funcionou bem, até um grupo iniciar um movimento de “não uso o serviço, não devo pagar”.

No raciocínio deles, quem faz esporte deve pagar os professores. Já os usuários entendem que o serviço está disponível a todos e, assim, natural ser uma despesa comum.

Logo a discussão pegou fogo no grupo de WhatsApp dos moradores e, como de costume, o debate virou baixaria.

O barato de viver em condomínio é justamente o prevalecimento do interesse coletivo sobre o privado, de forma a prestigiar a finalidade social do empreendimento e promover entrosamento e convívio entre vizinhos e, nos limites da lei, respeitar vontade e decisões da maioria.

Daí a importância de comparecer às assembleias e colaborar para a elaboração de uma previsão orçamentária anual justa, equilibrada, enxuta e que atenda os interesses da coletividade.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

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